Da edificação construída no final do século XIX, restaram apenas as paredes periféricas em alvenaria mista de tijolo e pedra, uma parede interna de tijolo maciço contendo uma passagem em  arco, e a fachada voltada para a Rua da Constituição,  esta, em avançado estado de ruína e preservada pelo Patrimônio Histórico Municipal.

Por solicitação do novo proprietário, o projeto deveria abrigar um espaço de exposição, uma copa, e espaços individuais de trabalho que pudessem, futuramente, ser locados a profissionais liberais.



A diretriz projetual foi buscar o máximo possível de otimização de espaço para o lote com dimensões internas aproximadas de 3 metros de largura por 21 metros de comprimento, ao mesmo tempo que recuperasse, todos os elementos remanescentes originais do prédio, incorporando-os ao novo uso.

Logo que se adentra o pavimento térreo, que abrigará o espaço de exposições, a copa e um jardim localizado aos fundos do terreno, uma escada conduz ao primeiro pano de laje projetado, onde ficará um dos espaços de trabalho, com janela voltada para os fundos. Através de passarelas e pequenos lances de escadas interligados, é possível chegar aos outros dois espaços individuais de trabalho, um, voltado para a Rua do Constituição, e o outro para os fundos.